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A importância do outro

  • Foto do escritor: Pedro Mendonça
    Pedro Mendonça
  • 12 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Eu sou porque nós somos". — Ditado Ubuntu


Já pensou o que seria de você sem as pessoas que te criaram? Ou sem aquele chefe que te questiona e te faz sair da zona de conforto? ou até mesmo daquele treinador rival que com determinadas estratégias sempre cria dificuldades para a sua equipe? Provavelmente não. Mas sem essa(s) pessoa(s) você não seria o que é hoje. E isso eu posso te garantir!


O mais recente exemplo que corrobora com essa ideia vem do esporte, especificamente da ginástica olímpica. Durante as Olimpíadas de Paris era quase impossível falar de Simone Biles sem pelo menos lembrar de Rebeca Andrade, assim como o contrário. A ginasta norte-americana, citada por muitos como a GOAT (great of all times) na modalidade, viu na brasileira não somente uma rival a altura, mas também alguém cuja presença causava desconforto, a deixava em estado de alerta, pois sabia que se não mantivesse o nível alto de apresentações, poderia ser superada (aconteceu na prova do solo).


rebeca andrade

Há um conceito africano chamado ubuntu que é mais um exemplo que reafirma essa ideia. Na verdade, ubuntu é mais do que um conceito, é uma filosofia de vida que se baseia nos princípios da lealdade, humildade, empatia e respeito. Em uma tradução literal seria: "Eu sou porque tu és. Eu só posso ser pessoa através das outras pessoas”.


Embora possa parecer comum esse pensamento, normalmente não é como levamos a vida, principalmente quando nos vemos confrontados por uma opinião divergente, ou até mesmo por um rival que nos supera ou nos cria algum tipo de dificuldade. Ou seja, o desconforto nos faz travar, fugir, mudar ideologias. Nos faz duvidar de nós mesmos.


Vamos a um exemplo prático, que se já não aconteceu, pode acontecer com qualquer um. Você é treinador, e acredita em construir o jogo da sua equipe através da disposição da bola, independente do rival que enfrentar. Pois bem, nos primeiros jogos enfrenta adversários que te pressionam alto, criando muitas dificuldades para a sua saída de bola. Essas dificuldades acabam significando derrotas nos primeiros jogos. Muitos envolvidos no processo questionam a ideia, sugerem mudanças. Você pode pegar dois caminhos: o primeiro é o mais fácil, o que requer menos esforços, mas também pode gerar mais arrependimentos à longo prazo, que é o de não ser fiel as suas ideias, valores e crenças; já o segundo pode demandar mais estudo, trabalho, coragem e perseverança, mas vem junto de uma satisfação enorme após a turbulência. Essa segunda possibilidade é a estrada que entende as dificuldades e percalços como necessários para o desenvolvimento, por isso interage e faz dela uma fonte de inspiração para a evolução. Ela reafirma.


Aquilo que não me mata, me fortalece— Friedrich Nietzsche


Por isso, aproveite o que as pessoas e as circunstâncias tem a oferecer. Tente enxergar os acontecimentos e as interações como boas possibilidades de evolução, como ótimas oportunidades de expandir limites. Afinal, eu sou porque nós somos.

 
 
 

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